"A Century of War: Anglo American Oil Politics and the New World Order, de William Engdahl (Pluto Press, 2004), foi uma decepção desde as primeiras páginas.
Sua tese fundamental é que praticamente tudo o que acontece de mau no mundo é obra da elite financeira americana – os Rockefeller e tutti quanti –, empenhada em expandir ilimitadamente o poderio dos EUA por meio do controle geopolítico de uma fonte essencial de energia: o petróleo.
Um lance decisivo dessa guerra de conquista universal, diz o autor, foi a invasão do Iraque, “parte da agenda americana pós-guerra-fria, em busca da ‘dominação de pleno espectro’”.
Um ano após a invasão de Bagdá, prossegue Engdahl, “tornou-se claro que a guerra pouco tinha a ver com a ameaça das armas de destruição em massa... ou com o proclamado esforço de ‘levar a democracia’ ao até então despótico Iraque”.
“Tornou-se claro” para quem? Para quem tem o New York Times e a CNN como suas principais ou únicas fontes de informação, talvez. Para quem lê livros e sabe o que são documentos de fonte primária, não."
O Emir Sader americano (http://www.olavodecarvalho.org/semana/100503dc.html)