"Vejam só o caso da Rússia: com o seu contingente duplicado, a KGB conta, hoje em dia, com milhares de pseudópodos espalhados pelo mundo, operando legalmente sob o disfarce de bancos, indústrias, firmas de consultoria, o diabo; tem ademais a seu serviço a máfia russa, que desde o começo dos anos 90 possui o domínio sobre todas as grandes redes criminosas do mundo, da Sibéria à Venezuela e à Colômbia (v. Claire Sterling, Thieves' World: The Threat of the New Global Network of Organized Crime, New York, Simon & Schuster, 1994, bem como Helène Blanc e Renata Lesnik, L’Empire de Toutes les Mafias, Paris, Presses de la Cité, 1998)"
A tradição revolucionária - 3 (http://www.olavodecarvalho.org/semana/110718dc.html)"Segundo o site Alerta Total, a presidência da República tem entre seus assessores de segurança ex-agentes da KGB soviética. Vocês sabem o que quer dizer “ex-agentes da KGB”: quer dizer máfia russa. A máfia russa não é uma máfia entre outras. É, desde pelo menos 1993, a central de comando do crime organizado no mundo (leiam Claire Sterling, Thieves’ World. The Threat of the New Global Network of Organized Crime, New York, Simon and Schuster, 1994). As ligações entre ela e o governo brasileiro são tão estreitas que, no dia seguinte da perda do seu mandato, o sr. José Dirceu já estava fazendo negócios com Boris Bereszowski."
O futuro da pústula (http://www.olavodecarvalho.org/semana/060814dc.html)"Desde o começo da década de 90 não há mais máfias nacionais em competição sangrenta, mas uma aprazível divisão de trabalho entre organizações criminosas de todos os países, uma autêntica pax mafiosa que, por meio do narcotráfico, do contrabando de armas, da indústria dos seqüestros etc., gerou um poder econômico mundial sem similares ou concorrentes imagináveis. Conforme mostrou a repórter Claire Sterling no seu livro Thieves' World (“O Mundo dos Ladrões”), New York, Simon & Schuster, 1994, a constituição desse Império do Crime deu-se sob o comando da “máfia russa”, que continua regendo o espetáculo. Muito antes disso, a KGB já tinha uma atuação intensa no narcotráfico, prevendo a possibilidade de usá-lo um dia como fonte alternativa de financiamento para os movimentos revolucionários locais, como veio mesmo a acontecer (v. Joseph D. Douglass, Red Cocaine. The Drugging of America and the West , London, Harle, 1999)."
Lavagem de notícias (http://olavodecarvalho.org/semana/050418fsp.htm)"Em 1998, no seu livro Through the Eyes of the Enemy (Washington, Regnery), o coronel Stanislav Lunev, o desertor de mais alta patente do serviço secreto militar soviético, afirmou: “A guerra fria não terminou. Agora ela é entre a Máfia russa e os EUA.” A máfia russa tem duas características distintivas: (1) Ela está tão bem infiltrada nos altos escalões oficiais que é impossível distingui-la do próprio governo russo. (2) Desde pelo menos 1993 ela conseguiu unificar sob o seu comando todas as máfias do mundo, tornando-se uma espécie de Comitê Central do crime organizado (v. Claire Sterling, Thieves' World: The Threat of the New Global Network of Organized Crime , New York, Simon & Schuster 1994). Até hoje a chamada “grande mídia” (mais própriamente grande mérdia) não registrou o fim das guerras entre máfias, o fenômeno mais importante da década de 90, sem o qual a montagem do cerco anti-americano teria sido impossível por falta de verbas. Hoje em dia, um terço do dinheiro que circula nas bolsas dos grandes centros vem do crime organizado, o que basta para explicar as boas relações entre a elite financeira e as Farc (lembrem-se da visita amável de Richard Grasso, presidente da New York Stock Exchange , ao comandante da narcoguerrilha colombiana, Raul Reyes, em 26 de junho de 1999)."
Sugestão aos bem-pensantes: Internem-se (http://www.olavodecarvalho.org/semana/060130dc.htm)"Quem quer que estude um pouco a corrupção no regime soviético notará, de um lado, a desproporção entre seu tamanho e o de seus equivalentes nominais no mundo capitalista; de outro, a sua perfeita continuidade organizacional e hierárquica com a presente “máfia russa”, senhora absoluta do crime organizado no mundo e participante ativa dos atuais esquemas revolucionários no Terceiro Mundo. Não creio que seja possível entender nada do que se passa no mundo sem dar alguma atenção a esse assunto. Os livros básicos a respeito são:
Konstantin Simis, USSR: The Corrupt Society. The Secret World of Soviet Capitalism, New York, Simon & Schuster, 1982.
Alena V. Ledeneva, Russia’s Economy of Favours. “Blat”, Networking and Informal Exchange, Cambridge Unversity Press, 1998.
Joseph D. Douglass, Red Cocaine. The Drugging of America and the West, London, Edward Harle, 1995.
Claire Sterling, Thieves’ World. The Threat of the New Global Network of Organized Crime, New York, Simon & Schuster, 1994."
Geração maldita (http://www.olavodecarvalho.org/semana/060925dc.html)